segunda-feira, 22 de junho de 2015

TRIGUEIRINHO - O DESPERTAR PARA UMA VIDA EM UNIÃO COM O ESPÍRITO


O compromisso, único e exclusivo, que se assume quando se adere à vida do Espírito é manifestar a vontade de Deus, e isso se faz com verdade, autenticidade e clareza.

José Hipólito Trigueirinho Netto - TRIGUEIRINHO


No desenvolvimento da consciência, os contatos internos que se manifestam por meio de formas são como cuidadosas mãos que sustentam uma criança que aprende a caminhar. Porém, como já vimos, esses contatos não devem constituir uma meta. A aproximação da consciência à realidade não deve ter objetivo material algum, mas somente a pura entrega a essa realidade Maior, Suprema.

Quando o indivíduo tem a capacidade de perceber a vida em planos sutis, superiores, esse dom é utilizado por Deus e torna-se instrumento de serviço sempre que a necessidade assim o indica. Porém, em geral, uma progressiva elevação vai acontecendo no processo evolutivo do indivíduo, conduzindo-o a uma maior unificação com a energia e levando-o mais a vivenciá-la como essência do que a perceber as formas, ainda que sutis, das quais ela se reveste.

Cristo não veio à Terra transmitir visões ou mensagens, mas veio ser a energia que trazia no interior. Sua própria vida foi a grande mensagem que deixou ao mundo, ainda que poucos a tenham observado em profundidade.

Analogamente, à medida que uma consciência passa do estágio de receptor para o de autor, ela deixa de ser portadora de uma energia aparentemente externa para expressar a vibração do seu próprio ser, a parcela que lhe cabe dentro do Todo.

Esse despertar para ser corresponde à sua união com o espírito, e é por esse motivo que está sendo claramente dito que estamos em uma etapa em que o espírito já pode transmitir ao nosso interior a qualidade que nos cabe expressar. Se a gratidão por tudo o que recebemos está presente, etapas completamente novas se instalam com maior liberdade, e mais raros serão os casos de retorno a experiências vividas e já superadas.

É bom ressalvar, no entanto, que um indivíduo apto a obter indicações formais dos planos sutis, espirituais, é em potencial um instrumento de serviço, e será utilizado todas as vezes que no desenvolvimento do Plano Divino surgir a necessidade. Sua abertura para isso de modo algum se incompatibiliza com a evolução do seu ser; ao contrário, quanto mais lhe é dada a oportunidade de servir, mais ele se realiza em seu destino, pois qualquer que seja a maneira de expressar esse serviço, nela estará incorporada a plenitude da existência se tem como origem um impulso da Fonte da Vida.

Muitas vezes situações planetárias, grupais ou individuais lhe são reveladas por meio de imagens ou mensagens, situações que necessitam da irradiação de energias de transformação e de cura. No silêncio da entrega, o servidor deve estar disponível para essa tarefa.

Para cada um está definida uma cor e um som, e também por isso não há mais tempo para processos pessoais, para a busca de autoaperfeiçoamento ou mesmo para a conquista de qualidades superiores; estes são tempos de ser, tempos de uma total despreocupação pelo que humanamente somos, de deixarmo-nos expressar o que de mais sublime já vive em nosso interior.
A estreita passagem do reino humano para o reino espiritual torna-se larga quando vista pelos olhos daqueles que se entregaram e que se esqueceram de si mesmos.



Jornal O TEMPO
Para conhecer as obras do autor, 
acesse o site www.irdin.org.br, 
ou o site www.comunidadefigueira.org.br, 
que transmite ao vivo palestras mensais de Trigueirinho.


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